sábado, 11 de agosto de 2007

Recordações de um grande amor.

Era um dia tão natural como os outros. Porém, já há muito que ansiava pela sua chegada.

No fim de tomar o pequeno almoço, lá fui ao sítio tão desejado e cujo pensamento fez com que passasse muitas noites sem dormir, com insónias que já não tinha há muito tempo.

As pernas tremiam-me de nervosismo e emoção ao sair pela porta. Caminhava lentamente, observava cuidadosamente cada movimento que surgisse à minha volta, mas nada, tudo estava silencioso. Será que o mundo teria parado?Ou estaria eu a sonhar ou dormir em pé?

Tentei beliscar-me para verificar a real situação das coisas, e só sentia dor, sofrimento, mas ao mesmo tempo uma estranha alegria invadia-me o rosto. Afinal, aquele poderia ser um grande dia para mim, e como homem seria muito importante vivê-lo.

Apressei o passo, na tentativa de disfarçaro que sentia, . Finalmente cheguei à estação e entrei no comboio que me iria levar até ao Cais do Sodré.

Sentei-me perto de uma senhora cuja sombra do olhar parecia que me fitava. Não, não estava enganado. Ela estava de frente para mim, e eu a cada segundo que passava sentia cada vez mais aquele olhar penetrante a querer ler as entranhas dos meus pensamentos. Não era a primeira vez que sentia aquela forma de olhar. Parecia que estava apaixonada por mim!...

Para desanuviar aquilo, olhei para o outro lado e, como senão bastasse, levantei-me e tentei ir para outra carruagem. Mas eis que senti a mão trémula, mas firme, da senhora, que me tocou no ombro, perguntando:
- Desculpe, o senhor onde vai sair?

Sobressaltado com aquela pergunta, virei-me para ela e timidamente informei qual o meu destino, ao que ela me disse com um sorriso que estávamos ainda muito longe, e inesperadamente acrescentou:
- Meu caro senhor, desculpe-me mas o senhor não está bem... Parece-me inquieto, tenso, agressivo.
- Não.... - Balbuciei eu -, é normal da época, não se preocupe.

Finalmente cheguei à estação pretendida. Ufa! Que alívio!

Pedi ajuda para apanhar o autocarro que me levava ao local que eu e a minha amiga combinamos para nos encontrarmos, e, quando lá cheguei, estava ela à minha espera, toda sorridente, e com um perfume cujo aroma atrai qualquer coração.

cumprimentamo-nos e fomos para um jardim lindo, sossegado, e aí conversamos sobre diversos assuntos, família, enfim, conversas descontraídas, até que de repente paramos de falar e apenas os nossos olhares se comunicavam, e timidamente aproximei-me dela e abracei-a com todo o vigor,, ao que ela correspondeu da mesma forma, e foi então que trocamos um beijo delicioso, o meu primeiro beijo, e fiquei a saborear aqueles lábios de mel durante um longo tempo, e foi aí que uma luz intensa, a luz do amor, se acendeu no meu coração.

Como é bom recordar esse amor, e sentir a emoção de quem nos ama!...

3 comentários:

Anónimo disse...

OLÁ tIAGO,mas que romântico, até eu senti que estava na estória. muto bonito, continua.
bjokas Rosaria

Anónimo disse...

OLÁ tIAGO,mas que romântico, até eu senti que estava na estória. muto bonito, continua.
bjokas Rosaria

Anónimo disse...

OLÁ tIAGO,mas que romântico, até eu senti que estava na estória. muto bonito, continua.
bjokas Rosaria